Conjunto de ações realizadas no enfrentamento à Covid-19 colocam o Paraná entre os melhores índices país 18/08/2020 - 16:23
De acordo com informações do Ministério da Saúde, no dia 17 de agosto, o Paraná registra o terceiro lugar em relação à menor incidência. Minas Gerais tem a menor quantidade de casos em relação à população do Estado, com índice de 830,1; Rio Grande do Sul registra 861,4 e o Paraná 930,4.
Em relação à mortalidade, o Paraná também está na terceira colocação entre os menores índices. Minas Gerais fica em primeiro, com 19,9, Mato Grosso do Sul está em segundo, com 23 e o Paraná em terceiro com 23,9.
“Uma série de ações e atividades combinadas e coordenadas resultaram nestes índices. Embora estejamos entre os melhores, não consideramos como boa a nossa situação considerando que enxergamos muitas pessoas morrendo pela infecção diariamente”, comenta o secretário Estadual de Saúde, Beto Preto.
Entre as ações realizadas, as restrições impostas pelo Governo, o aumento na capacidade de testagem, a vigilância epidemiológica atuante, a ampliação de leitos, a divulgação de informações e orientações ganham destaque.
INFORMAÇÃO – Ainda em janeiro, a Sesa iniciou o trabalho de orientação e divulgação de informações. Com o passar dos dias, foram publicados: uma nota informativa, materiais orientativos, textos para a imprensa, e nas semanas posteriores a criação de um site exclusivo sobre o novo coronavírus.
“A informação é uma das estratégias de enfrentamento à pandemia. Lutamos diariamente contra as notícias falsas, além dos desafios da doença”, explica o secretário de Saúde, Beto Preto.
Além dos materiais educativo e informativo, as leis, os decretos e resoluções de orientações e de restrições foram publicados durante o período.
O Governo do Paraná publicou até o mês de agosto seis Leis, duas Leis Complementares e 47 Decretos relacionados à Covid-19. Somente a Secretaria de Estado da Saúde tem 26 Resoluções que se referem a ações de enfrentamento à pandemia e também 44 Notas Orientativas.
Entre os documentos oficiais estão o Decreto nº 4.886 que impôs medidas de restrição por 14 dias a 141 municípios do Estado.
O secretário Beto Preto apontou que as medidas restritivas apresentaram impacto positivo nas cidades elencadas. “Atuamos pelo bem-estar da população. Em muitos aspectos houve divergência de entendimento em relação à necessidade de suspender atividades. Mas nosso primeiro compromisso é com a saúde dos paranaenses”.
Beto completa que os índices de transmissibilidade e infecção reduziram quando analisados após 14 dias do encerramento da data de restrições. “Em muitos municípios verificamos a redução do crescimento, a desaceleração. Em todas as regionais de saúde conseguimos mensurar, mesmo que pequena, uma redução no avanço de casos e óbitos”.
A Ouvidora Geral da Saúde é parte essencial no atendimento à população. Além dos registros das manifestações de todos os temas do Sistema Único de Saúde no Paraná, desde o dia 13 de março ocorre o atendimento 24 horas por dia.
O ouvidor Geral da Saúde, Yohhan Souza, explica a rotina de atuação. “Desde o início da pandemia, criamos a Central de Atendimento Avançado para Enfrentamento do Coronavírus – Covid-19, em que estudantes de medicina respondem aos questionamentos da população sobre a Covid-19. Com o passar dos meses percebemos que as pessoas têm absorvido as informações e orientações e os questionamentos estão mais qualificados, sendo diferentes do início da pandemia”.
De acordo com Souza, isso pode demonstrar o contínuo interesse das pessoas sobre informações oficiais e seguras. “Embora no início os atendentes da Central respondessem uma variedade de dúvidas, percebemos que as pessoas ainda buscam as confirmações, esclarecer situações sobre resoluções, medidas de proteção e prevenção”, complementa.
VIGILÂNCIA – A Sesa mantém a atuação da Vigilância Epidemiológica forte. Dessa forma, as ações das unidades sentinelas seguem ocorrendo. Foi assim que o Laboratório Central do Paraná, o Lacen, identificou um caso positivo entre as 1.952 amostras coletadas entre janeiro e 12 de março.
“Todas as amostras coletadas em pacientes com síndrome respiratória desde janeiro no Estado foram examinadas. Esse trabalho é muito relevante porque mostra que não havia pessoas infectadas com o vírus circulando pelo Paraná. Entre todos os exames, um teve resultado positivo e já estava fora do período de transmissibilidade e em isolamento porque era contato de outro positivo”, explica a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti Lopes.
TESTAGEM – O Estado aumentou a capacidade de testagem dos exames pelo método RT-PCR tanto pelos laboratórios públicos quanto nos particulares, como também a quantidade de laboratórios habilitados para realização destes exames. No início da pandemia apenas o Lacen realizava testes e aos poucos os laboratórios particulares foram habilitados para que os resultados fossem validados pela Sesa.
Até agosto, 28 laboratórios estão realizando exames, e obrigatoriamente, lançando os dados no sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL).
O Instituto de Biologia Molecular (IBMP), uma extensão da Fundação Oswaldo Cruz no Paraná, que está instalada no Tecpar, começou a realizar testes em abril. A capacidade de operação foi crescendo e hoje o IMBP realiza em média 5 mil exames por dia.
Até o dia 16 de agosto, já foram realizados no Estado 985.595 exames. Destes, 256.305 feitos pelo Lacen-PR e IBMP, representando 66,5% de toda a testagem no Paraná.
LEITOS – No início de março o Paraná tinha disponível 1.329 leitos de Unidade de Terapia Intensiva, criados ao longo de 30 anos. Deste total, 194 leitos foram destinados para atendimento exclusivo Covid-19 e outros 956 leitos foram criados ou ativados de forma gradual totalizando até 17 de agosto, 1.150 UTI entre leitos adulto e infantil. Além das unidades intensivas, outros 1.633 leitos clínicos, enfermaria, também foram criados.
Com a estratégia de regionalização e descentralização adotada pelo Governo do Estado desde 2019, a Sesa organizou e planejou os leitos distribuídos em quatro macrorregiões. “Atuamos desta maneira para que, a gestão desses leitos pudesse deslocar minimamente o paciente reduzindo o tempo e possibilitando que ficasse próximo à sua residência”, disse o diretor de Gestão em Saúde, Vinícius Filipak. “Dessa forma, ativamos quando necessários novos leitos e fazemos a gestão buscando respeitar a vontade de família de estar próximo, mas com todas as condições necessária de suporte para o atendimento”.