Sarampo

 
Boletim Epidemiológico
 
2020

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2019

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Informe Epidemiológico 01 - 29/08/2019


 

 


 

Sarampo é uma doença infecciosa grave, causada por um vírus, que pode ser fatal. Sua transmissão ocorre quando o doente tosse, fala, espirra ou respira próximo de outras pessoas. A única maneira de evitar o sarampo é pela vacina.

 


 

Protocolo de utilização de imunoglobina humana na profilaxia pós-exposição ao sarampo

 


 

Quais são os sintomas?

 

Os principais sintomas do sarampo são:

  • febre acompanhada de tosse;
  • irritação nos olhos;
  • nariz escorrendo ou entupido;
  • mal-estar intenso;

Em torno de 3 a 5 dias, podem aparecer outros sinais e sintomas, como manchas vermelhas no rosto e atrás das orelhas que, em seguida, se espalham pelo corpo. Após o aparecimento das manchas, a persistência da febre é um sinal de alerta e pode indicar gravidade, principalmente em crianças menores de 5 anos de idade.

 

Se você apresenta estes sintomas, procure um serviço de saúde

 


 

Como prevenir?

 

O sarampo é uma doença prevenível por vacinação. Os critérios de indicação da vacina são revisados periodicamente pelo Ministério da Saúde e levam em conta: características clínicas da doença, idade, ter adoecido por sarampo durante a vida, ocorrência de surtos, além de outros aspectos epidemiológicos.

 

Quem deve se vacinar contra o sarampo?

  • Primeira dose:  Crianças que completarem 12 meses (1 ano).
  • Segunda dose: Aos 15 meses de idade, última dose por toda a vida.

 

Adulto deve se vacinar contra o sarampo?

Tomou apenas uma dose até os 29 anos de idade:

  • Se você tem entre 1 e 29 anos e recebeu apenas uma dose, recomenda-se completar o esquema vacinal com a segunda dose da vacina;
  • Quem comprova as duas doses da vacina do sarampo, não precisa se vacinar novamente.

Não tomou nenhuma dose, perdeu o cartão ou não se lembra?

  • De 1 a 29 anos - São necessárias duas doses;
  • De 30 a 59 anos - Apenas uma dose.

 

Grávidas podem tomar a vacina contra o sarampo?

A vacina é contraindicada durante a gestação pois são produzidas com o vírus do sarampo vivo, apesar de atenuado. A gestação tende a diminuir a imunidade da mulher, o que deixa o sistema imunológico mais vulnerável e, por isso, a vacina pode desenvolver a doença ou complicações.

O recomendado pelo Ministério da Saúde é que a mulher que faça planos de engravidar tome todas as doses da vacina antes, podendo esta ser a tríplice ou a tetra viral, e mantenha toda a rotina prevista no Calendário Nacional de Vacinação atualizada, para se proteger e proteger o bebê.

 

Quais são as vacinas que protegem do sarampo?

A profilaxia (prevenção) do sarampo está disponível em apresentações diferentes. Todas previnem o sarampo e cabe ao profissional de saúde aplicar a vacina adequada para cada pessoa, de acordo com a idade ou situação epidemiológica.

 

Os tipos de vacinas são:

  • Dupla viral - Protege do vírus do sarampo e da rubéola. Pode ser utilizada para o bloqueio vacinal em situação de surto;
  • Tríplice viral - Protege do vírus do sarampo, caxumba e rubéola;
  • Tetra viral - Protege do vírus do sarampo, caxumba, rubéola e varicela (catapora).

 

Onde devo tomar a vacina?

As vacinas são ofertadas em unidades públicas e privadas de vacinação. No SUS, as vacinas são gratuitas, seguras e estão disponíveis nas mais de 36 mil salas de vacinação em postos de saúde em todo o Paraná.

 


 

O que causa?

 

A transmissão do vírus ocorre de pessoa a pessoa, por via aérea, ao tossir, espirrar, falar ou respirar. O sarampo é tão contagioso que uma pessoa infectada pode transmitir para 90% das pessoas próximas que não estejam imunes.

A transmissão pode ocorrer entre 4 dias antes e 4 dias após o aparecimento das manchas vermelhas pelo corpo.

 


 

Quais as complicações do sarampo?

 

O sarampo é uma doença grave que pode deixar sequelas por toda a vida ou causar o óbito. A vacina é a única maneira de evitar que isso aconteça.

Algumas das complicações podem ocorrer em determinadas fases da vida:

 

Crianças

  • Pneumonia - Cerca de 1 em cada 20 crianças com sarampo pode desenvolver pneumonia, causa mais comum de morte por sarampo em crianças pequenas;
  • Otite média aguda (infecções de ouvido) - Ocorre em cerca de 1 em 10 crianças com sarampo e pode resultar em perda auditiva permanente;
  • Encefalite aguda - 1 em cada 1.000 crianças podem desenvolver essa complicação e 10% destas podem morrer;
  • Morte - 1 a 3 a cada 1.000 crianças doentes podem morrer em decorrência de complicações da doença.

 

Adultos

  • Pneumonia.

 

Gestantes:

  • Mulher em idade fértil (10 a 49 anos) não vacinada antes da gravidez pode apresentar parto prematuro e o bebê pode nascer com baixo peso;
  • É importante se vacinar antes da gestação, pois a vacina é contraindicada durante a gestação.

 


 

Como é o tratamento?

 

Não existe tratamento específico para o sarampo. Os medicamentos são utilizados para reduzir o desconforto ocasionado pelos sintomas da doença.

Não faça uso de nenhum medicamento sem orientação médica e procure o serviço de saúde mais próximo, caso apresente os sintomas descritos acima.

 


 

Desenvolver atividades de vacinação de rotina, em massa, e de vigilância ativa da doença, visando a sua erradicação.

Doença de notificação compulsória nacional e de investigação epidemiológica obrigatória imediata.

a) Suspeito - Todo paciente que, independente da idade e da situação vacinal, apresentar febre e exantema maculopapular, acompanhados de um ou mais dos seguintes sinais e sintomas: tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite

b) Confirmado - Todo paciente considerado como caso suspeito e que foi comprovado como um caso de sarampo, a partir de, pelo menos, um dos seguintes critérios:

  • Laboratorial - Exame "reagente" ou "positivo para IgM", indicando infecção recente pelo vírus do sarampo;
  • Vínculo epidemiológico - Paciente que em um período máximo de sete a 18 dias teve contato com um ou mais casos de sarampo confirmados pelo laboratório; ou
  • com exame laboratorial "não reagente" ou "negativo para IgM" em amostra de sangue colhida precocemente (1º e 3º dia a partir do aparecimento do exantema) mas que teve contato com um ou mais casos de sarampo confirmados pelo laboratório (dentro de um período de sete a 18 dias antes do aparecimento dos sinais e sintomas);
  • Clínico - Quando se fez a suspeita clínica mas não houve coleta de amostra para sorologia; ou resultado do exame laboratorial é inconclusivo; ou não foi investigado, isto é, faltou acompanhamento; ou evoluiu para óbito sem a realização de qualquer exame laboratorial;

c) Descartado - Todo paciente que foi considerado como caso suspeito e não foi comprovado como um caso de sarampo, a partir de, pelo menos, um dos critérios acima definidos.

Todos os países das Américas estão desenvolvendo ações no sentido de erradicar esta virose. As principais atividades são:

  • Vacinação - principal medida de controle do sarampo. Esquema básico: uma dose da vacina anti-sarampo a partir dos 9 meses, dose adicional a partir dos 12 meses (preferencialmente aos 15 meses, junto com o reforço da tríplice bacteriana (DTP) e da Sabin ou com a tríplice viral (sarampo, rubéola, caxumba), também aos 15 meses. Em situação com alto risco de infecção (suspeita de surtos ou contatos intra-familiares com caso suspeito), a vacina deverá ser administrada em todas as faixas etárias. Via de administração: a vacina contra o sarampo é administrada por via sub-cutânea, de preferência na face externa da parte superior do braço (região deltóide), podendo também ser administrada na região glútea (quadrante superior externo). Falsas contra-indicações: não constituem contra-indicações à vacinação de Sarampo: alergia e intolerância, que não sejam de natureza anafilática à ingestão de ovo; contato íntimo com pacientes imunodeprimidos; vacinação recente com a vacina oral contra a poliomielite; exposição recente ao sarampo. Situações em que se recomenda o adiamento da vacinação: tratamento com imunodepressores (corticoterapia, quimioterapia, radioterapia etc.). Adiar até 3 meses após a suspensão de seu uso, pela possível inadequação da resposta; vigência de doença aguda febril grave, atribuída ou confundida com possíveis efeitos adversos da vacina;
  • Investigação epidemiológica - a investigação dos casos suspeitos de sarampo tem como objetivo: obter informações detalhadas e uniformes para todos os casos, através do preenchimento da ficha epidemiológica
    • Visitar imediatamente o domicílio para coleta de sangue
    • Complementar dados da ficha
    • Identificar outros possíveis casos suspeitos realizando extensa busca ativa
    • Aprazar e realizar a revisita para avaliar a evolução do caso
    • Classificar o caso conforme os critérios estabelecidos
    • E avaliar a cobertura vacinal e desencadear imediatamente as ações de controle:
      • Bloqueio vacinal - a partir de todo caso suspeito, abrangendo as pessoas do mesmo domicílio, vizinhos, creches, salas de aula, alojamentos, sala de trabalho etc;
      • Operação limpeza - deve ser realizada a partir de todo caso confirmado, devendo ser ampliado para a vizinhança, bairro ou até município conforme avaliação realizada. Tanto para o bloqueio, como para a operação limpeza, a faixa etária prioritária para a sua realização deverá ser de 6 meses a 39 anos de idade;
      • Isolamento de casos - o isolamento domiciliar ou hospitalar dos casos pode diminuir a intensidade dos contágios. Deve-se evitar, principalmente, a frequência a escolas ou creches, agrupamentos, ou qualquer contato com pessoas suscetíveis, até 4 dias após o início do período exantemático, entretanto, deve haver a vigilância dos contatos por um período de 7 a 18 dias.