Comitê Estadual discute estratégias para ampliação da vacinação de gestantes e puérperas  30/07/2021 - 16:33

O Comitê Estadual de Prevenção de Mortalidade Materna, Infantil e Fetal definiu hoje (30) em reunião virtual que serão reforçadas as medidas de fortalecimento junto aos serviços de Atenção Primária na busca da prevenção dos óbitos maternos, com foco neste momento, na ampliação da vacinação de gestantes e puérperas contra a Covid-19 e também contra a Influenza.

O Paraná contabiliza  neste ano 137 óbitos maternos, sendo que 80% estão relacionados a casos de Covid-19. O levantamento é da Coordenação de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde e considera as informações registradas até o dia 22 de julho.

“Temos um olhar atento a estes dados e por isso estamos reforçando junto ao Comitê Estadual  a importância da imunização das gestantes e mulheres que tiveram bebês há 45 dias, consideradas grupo de risco. No decorrer da pandemia estes óbitos aumentaram evidenciando a vacinação como estratégia fundamental de proteção afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

“Em números absolutos, o Paraná está entre os estados que mais aplicaram a vacina contra a Covid-19 no grupo de gestantes e puérperas com mais de 124 mil doses, mas, mesmo assim, é necessário ressaltar a informação e a conscientização para a vacinação como forma de salvar vidas”, disse o secretário.

A estimativa populacional de gestantes e puérperas no Paraná é de 134.022 pessoas.

Reunião - Entre as deliberações do encontro de hoje  está o encaminhamento de solicitação junto aos órgãos que representam profissionais da área da saúde para repliquem a necessidade da imunização junto às pacientes do Sistema Único de Saúde.

Na reunião também foi evidenciada a retificação da Nota Técnica no1/2021; agora Nota Técnica no.2/2021, atualizando as recomendações referentes a vacinação contra a Covid-19 em gestantes e puérperas. A Nota Técnica considera as orientações da Coordenação Geral do Programa Nacional e Imunizações e informa que “a vacinação das gestantes e puérperas, a partir de 18 anos, deverá ser condicionada a uma avaliação individualizada, compartilhada entre a gestante e seu médico, do perfil de risco-benefício, considerando as evidências e incertezas disponíveis até o momento”.

Segundo a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, as vacinas indicadas para as gestantes, que são as que não contêm vetor viral, são seguras. “Nossa ação é mobilizadora no sentido de salvar vidas e a vacinação, além das medidas preventivas como uso de máscara, higienização das mãos e distanciamento social, é nossa grande aliada neste momento”, destacou Maria Goretti David Lopes.

“Estamos reforçando também junto aos gestores a importância da imunização deste público com a vacina contra a Influenza. Até o momento temos a cobertura vacinal de 59,8% das gestantes e 60,3% das puérperas no estado”, disse.

Comitê - Participam do Comitê Estadual de Prevenção de Mortalidade Materna, Infantil e Fetal representantes das áreas técnicas da Sesa e de entidades que atuam setor da saúde direta ou indiretamente para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a saúde da mulher e da criança.

O Comitê foi reorganizado em abril de 2020 e é uma ferramenta de controle social que identifica os óbitos maternos e aponta medidas de intervenção para a redução de casos. As ações programadas estão focadas na melhoria dos sistemas de registro e avaliação dos óbitos aumentando a quantidade e a qualidade das informações sobre as causas das mortes e fatores de riscos associados.  Com base nesses dados é possível estabelecer políticas mais eficazes de assistência à mulher no planejamento familiar, durante a gravidez, nos casos de aborto, no parto e no puerpério.