Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate a Endemias (ACE) estiveram em Curitiba nesta quarta-feira (07) para ampliar, discutir e trocar experiências sobre a aplicação do uso de ferramentas disponibilizadas pelo Estado para aprimorar o serviço de saúde à população.

O “1º Encontro ACS e ACE em Ação”, promovido pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), no evento Saúde em Campo, é voltado à Atenção Primária (APS) e reuniu profissionais dos 399 municípios do Paraná.

“Este encontro pretende reunir técnicas e equipes de campo para o uso correto dos instrumentos e instruções disponibilizadas para realizar as suas atividades junto à população. Desta forma, teremos um cenário mais transparente e fiel da real condição dos paranaenses, podendo melhorar o atendimento nos municípios de acordo com as necessidades locais”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Neoli Terezinha Moreira, é ACS há 18 anos no município de Nova Aurora, na 10ª RS de Cascavel, e ela avalia que o aprendizado compartilhado é o mais importante para aprimorar o trabalho.

“Foram oito horas de viagem até aqui, e está valendo muito a pena, pois estou adquirindo novos conhecimentos que vão me qualificar. São novas ações, que além de repassar aos meus colegas quando retornar, irei aplicar no meu dia a dia”, disse.

APRESENTAÇÕES – Os participantes puderam acompanhar e aprender sobre a utilização do IVCF-20, espécie de questionário sobre a saúde dos idosos no Paraná. Este documento conta com 20 perguntas que abordam os principais marcadores de fragilidade, como idade, percepção da saúde, cognição, entre outros. Por meio desta ferramenta é possível estratificar o idoso de risco, realizando um manejo adequado das suas necessidades e priorizando o acesso na Rede de Atenção à Saúde (RAS).

Na sequência, foi apresentado aos participantes o instrutivo para identificação de sinais e sintomas de saúde mental por Agentes Comunitários de Saúde. Este documento foi implantando pelo Estado em 2019 com objetivo de ampliar o olhar destes profissionais na indicação de sinais e sintomas em saúde mental, priorizando o atendimento na Atenção Primária à Saúde (APS).  

O combate à dengue, chikungunya e zika vírus também foi um assunto abordado. A chefe da Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores da Sesa, Emanuelle Gemin Pouzatto, falou sobre a importância do trabalho integrado e articulado entre as áreas da Atenção e Vigilância em Saúde no combate às arboviroses.

“Quando falamos em arbovirose estamos falando de uma doença de transmissão vetorial. Sem o vetor presente naquele ambiente não há a transmissão da dengue, chikungunya e zika vírus. Então precisamos trabalhar medidas de prevenção, combate e controle com uma ação unificada”.

TABLETS – Neste ano, o Governo do Estado por meio da Sesa, fez um investimento histórico e inédito para aquisição de tablets para os 399 municípios. Foram repassados do fundo estadual para os fundos municipais de saúde, mais de R$ 13 milhões em recursos.  O aporte garante maior agilidade e qualidade na atuação dos profissionais, além de otimizar o trabalho de envio de dados para o sistema E-SUS do Ministério da Saúde. Os participantes do encontro realizaram ainda um treinamento com os profissionais da Sesa para o manuseio dos aparelhos e suas configurações para tabulação de dados.