Hospitais de Guarapuava e Ivaiporã terão leitos exclusivos para Covid-19 14/04/2020 - 18:00
O governador destacou que as obras nos três hospitais tinham previsão de entrega para dezembro, mas que o Governo do Estado vai antecipar a abertura das unidades, que deverão estar em funcionamento em até 45 dias e poderão atender justamente no período em que pandemia deverá ser mais crítica no Estado.
“É uma força-tarefa, algo que só é possível com a união de todos, com o objetivo de salvar vidas”, afirmou o governador. "Essas unidades hospitalares já eram realidade antes da pandemia. O Governo do Estado já trabalhava para levar a saúde mais perto das pessoas. Agora são antecipados para dar uma resposta eficiente no momento de crise”, disse ele.
Ratinho Junior destacou que os três hospitais vão atender nas suas especialidades depois que a pandemia acabar. A estratégia do governo de descentralizar a saúde e aproximar os serviços cada vez mais da população também foi enfatizada pelo secretário da Saúde, Beto Preto. Ele destacou a opção do Paraná em reforçar o atendimento médico em estruturas especializadas. “Não é algo provisório, mas preparado para servir a população em todas as necessidades”, disse ele.
Beto Preto lembrou que os três hospitais regionais se somam ao reforço de outras estruturas como os hospitais universitários de Londrina, Cascavel, Ponta Grossa e Maringá.
GUARAPUAVA – A ala do Hospital Regional de Guarapuava que teve a construção antecipada para atender exclusivamente pacientes com a Covid-19, deverá ficar pronta em até 45 dias.
Neste primeiro momento serão 30 leitos de UTI e 80 leitos de enfermaria, divididos em dois andares do hospital. A segunda fase, com finalização em dezembro, prevê outros 10 leitos de UTI e mais 40 de enfermaria. O investimento por parte do Governo do Estado é de R$ 57,3 milhões.
Após a crise, a estrutura de Guarapuava será referência para Urgência e Emergência, com perfil direcionado a ortopedia e trauma, cirurgia geral e clínica médica, beneficiando 20 municípios da região.
“Esse hospital faz parte da política de descentralização do atendimento à saúde no Paraná, com o fortalecimento de todas as regiões. Estrutura que agora fica à disposição do enfrentamento ao coronavírus”, explicou Ratinho Junior.
O governador informou que a Secretaria da Saúde vai organizar nas próximas semanas um chamamento público a entidades que queiram se credenciar para administrar o complexo. A modalidade é permitida pela legislação em momentos de calamidade pública como agora.
A vencedora ficará encarregada, ainda, em aparelhar o hospital por completo. A manutenção do centro médico quando finalizado é estimado em R$ 4,1 milhões por mês. Serão 370 profissionais de saúde atuando no complexo.
REFORÇO – O secretário Beto Preto afirmou que a entrega do Hospital Regional de Guarapuava é o ponto alto da estratégia do Estado de fortalecer toda a região central neste momento de pandemia. Ele afirmou que a secretaria acabou de habilitar outros 10 leitos de UTI em Laranjeiras do Sul, na mesma região.
“É um aumento significativo de UTIs e enfermarias, que vêm suprir um vazio assistencial da região Centro-Sul do Estado, especialmente em alta complexidade”, explicou.
O prefeito de Guarapuava, César Silvestri Filho, lembrou que o centro hospitalar vai praticamente dobrar o número de leitos de UTI na cidade. “Esse hospital é algo esperado há anos por todos aqui. Essa é uma resposta e importante por parte do Governo”, ressaltou.
IVAIPORÃ - O Hospital Regional de Ivaiporã deverá ser inaugurado nos próximos 30 dias. Ele terá 10 leitos de UTI (podendo chegar a 20 leitos) e 60 leitos de enfermaria para atender, neste primeiro momento, pacientes com a COVID-19.
O governador Ratinho destacou ainda que os serviços da Sanepar de esgotamento sanitário foram antecipados de 30 para 13 dias para agilizar a entrega da estrutura.
O hospital reforçará o atendimento no Vale do Ivaí, que compreende 16 municípios. “Para vencer esse momento, é preciso ter união", disse o prefeito de Ivaiporã, Miguel Amaral. "Este hospital é duradouro, não é uma estrutura que vai ser desmontada com o fim da pandemia. A unidade é uma reivindicação de 50 anos da região", disse ele.
A unidade de Ivaiporã, explicou o secretário Beto Preto, também terá chamamento público para reforçar o atendimento a pacientes acometidos com a Covid-19. A expectativa é contratar cerca de 200 funcionários para atuar nas 10 UTIs e 60 leitos de enfermaria.
A estrutura de Guarapuava e de Ivaiporã se soma ao Hospital Regional de Telêmaco Borba, que terá 10 leitos de UTI e que também será disponibilizado nos próximos 45 dias.
PRESENÇAS – Participaram das vistorias às obras dos hospitais os secretários Guto Silva (Casa Civil) e Sandro Alex (Infraestrutura e Logística); Hélio Wirbiski, diretor-presidente da Paraná Esporte; e os deputados estaduais Artagão Júnior e Cristina Silvestri.
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Governo tem capacidade para contratar mais 629 leitos de UTI
O governador Carlos Massa Ratinho Junior explica que o Estado já contratou mais de 400 leitos de UTI e tem capacidade orçamentária para contratar outros 629 em toda a rede hospitalar, exclusivamente para uso de pacientes do SUS que necessitem tratamento para a Covid-19.
Com isso, o Paraná poderá alcançar 1.128 novos leitos adultos de UTI para atendimento emergencial e exclusivo contra a pandemia. “Teremos três hospitais regionais com equipes trabalhando 24 horas por dia, além dos hospitais universitários, onde ampliamos o número de leitos de UTI para fazer esse enfrentamento”, afirmou Ratinho Junior.
Box 2
Hospitais Universitários recebem mais leitos de UTI
O Governo do Estado contratou 66 novos leitos de UTI para adultos, duas UTIs pediátricas e 146 enfermarias nos hospitais universitários de Londrina, Maringá, Cascavel e Ponta Grossa. Em um segundo momento, poderão ser mais 70 leitos de UTI adultos, 14 UTIs pediátricas e 176 enfermarias.
Além dos leitos de UTI para adultos, a Secretaria de Estado da Saúde já ativou 1.108 enfermarias e 20 UTIs pediátricas nos hospitais privados e nos universitários e pode alcançar mais 1.382 enfermarias e 45 UTIs pediátricas.
A estrutura poderá ultrapassar 2.500 novas enfermarias para os pacientes com reações mais moderadas.