Secretário defende inclusão do rastreamento e diagnóstico precoce do câncer de pulmão no SUS 25/06/2024 - 17:19

O secretário de Estado da Saúde, Cesar Neves, esteve nesta terça-feira (25) na Câmara dos Deputados, em Brasília, na Audiência Pública sobre a implementação do rastreamento e diagnóstico precoce de câncer de pulmão no Sistema Único de Saúde (SUS). 

O tema, que faz parte da nova Política Nacional de Controle e Prevenção do Câncer, tem como foco o debate sobre a importância de ações preventivas para o tratamento e redução de mortalidade pela doença.

Durante a audiência, o secretário destacou a importância de uma abordagem mais proativa no combate ao câncer de pulmão. Segundo Neves, a detecção precoce é fundamental para aumentar as chances de cura e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

"Essa discussão é muito pertinente, pois quanto antes descoberto e realizado o diagnóstico, maiores são as chances de recuperação desses pacientes e consequentemente menores os custos para o Sistema Único de Saúde, que terá condições de empregar os recursos de forma assertiva e eficiente. Essa é uma bandeira que todos os defensores do SUS carregam”, afirmou.

Os principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de pulmão é o tabagismo e a exposição passiva ao tabaco.  Cerca de 85% dos diagnósticos deste câncer estão relacionados ao consumo de derivados do tabaco.

Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) para o triênio 2023-2025 demonstram que serão diagnosticados por ano mais de 2.270 casos de câncer de traqueia, brônquio e pulmão em todo Paraná, sendo 1.260 em homens e 1.010 em mulheres. O câncer de pulmão é o terceiro mais incidente em homens no Estado, seguido do câncer de próstata e de cólon e reto.

AÇÕES - Uma das principais estratégias da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) para diminuir o uso do tabaco está no Programa Estadual para Controle do Tabagismo, que visa reduzir a prevalência de fumantes e a mortalidade decorrente do consumo de produtos derivados. As ações englobam capacitações, comunicação ativa, ações educativas junto à população, prevenção da iniciação do tabagismo, proteção acerca do tabagismo passivo, entre outras.

Ainda, o programa facilita o acesso de adesivos de nicotina, cloridrato de bupropiona e goma de nicotina para pacientes que necessitam de medicamentos no tratamento da dependência. Desde 2020, mais de 3,4 milhões de unidades foram distribuídas. O programa está disponível em 1027 estabelecimentos de saúde em 300 municípios.