Sesa e representantes do Grupo Dignidade avaliam os avanços de ações em saúde voltadas para a população trans 24/03/2025 - 17:48

Com o objetivo de ampliar as discussões sobre políticas públicas voltadas para a saúde da população trans no Paraná, foi realizada nesta segunda-feira (24) na Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), uma reunião com representantes do Grupo Dignidade.

Na pauta, foram discutidas as estratégias para divulgar as ações do Projeto Eros - projeto de comunicação em saúde para prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST's), com a parceria da Itaipu Binacional – e os avanços alcançados na descentralização dos ambulatórios no Estado. Atualmente, existem quatro serviços ambulatoriais no Processo Transexualizador, oferecendo acompanhamento multiprofissional e hormonioterapia para pessoas a partir de 18 anos.

A diretora de Atenção e Vigilância da Sesa, Maria Goretti David Lopes, reforçou as estratégias que a Sesa tem desenvolvido para o fortalecimento e implementação das ações direcionadas às pessoas LGBT+. “Prezamos pela universalidade do acesso e a equidade da oferta de serviços no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), bem como o fortalecimento da participação social”, disse.

SERVIÇOS AMBULATORIAIS – A descentralização dos serviços Processo Transexualizador permite a atuação do Centro de Pesquisa e Atendimento a Travestis e Transexuais (CPATT), serviço de gestão estadual e que foi pioneiro no Paraná, com início das atividades em 2014. O CPATT, que completou 10 anos em 2024, atende todas as pessoas do Paraná, exceto residentes em Curitiba, Londrina e Maringá.

O Ambulatório Trans Curitiba, exclusivo para atendimento de residentes em Curitiba; o Serviço ambulatorial de Londrina que atende os residentes deste município, e o Serviço ambulatorial de Maringá, destinado a atender os residentes de Maringá.

Destaca-se que as descentralizações dos serviços na modalidade ambulatorial a partir do ano 2022 possibilitaram a ampliação do acesso dos(as) usuários(as) paranaenses ao processo transexualizador.  Desta maneira, a fila de espera para o CPATT reduziu de cerca de três anos para 12 meses, aproximadamente.

A compra dos medicamentos destinados à hormonioterapia no processo transexualizador que ocorre nos ambulatórios que seguem o protocolo do CPATT, também são adquiridos e distribuídos pela Sesa.

Em relação à modalidade hospitalar no Processo Transexualizador, o Complexo do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (CHC UFPR) deu início às cirurgias em dezembro de 2024, após pactuações entre a Sesa e Secretaria Municipal de Curitiba.

Inicialmente foram ofertadas as cirurgias de histerectomia, e na sequência mastectomia, ambas destinadas a homens trans. A partir de março, o CHC UFPR iniciará as avaliações para outros procedimentos cirúrgicos destinados às pessoas trans.

PRESENÇAS -  Participaram do encontro César Neves diretor-geral da Sesa; Elaine Cristina Vieira,  da coordenação de Promoção da Saúde; Lucimar Pasin de Godoy, da Divisão de Promoção da Equidade em Saúde; Mara Franzoloso da Divisão de Doenças Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis; Rafaelly Wiest, presidente do Grupo Dignidade e diretora administrativa da Aliança Nacional LGBTI+;  Beto Schmitz, coordenador do Paraná Mais Diversidade e diretor do Grupo Dignidade; Kalynka Oliveira, diretora de Relações Institucionais do Grupo Dignidade e coordenadora Nacional da área de Travestis e Mulheres Trans da Aliança Nacional LGBTI+e demais colaboradores da Sesa.

 

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