Sesa promove capacitação para a identificação e classificação do bicho barbeiro, vetor da Doença de Chagas 03/08/2021 - 15:42

 

A Secretária de Estado da Saúde promoveu hoje (03) capacitação para profissionais da Vigilância Ambiental sobre a identificação e classificação de insetos infectados pelo parasita que transmite a doença de Chagas, popularmente conhecido como bicho barbeiro.

 

22 profissionais representando todas as Regionais de Saúde participam do curso que acontece nos laboratórios da Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba) e do Centro Universitário Integrado de Campo Mourão (Campo Mourão).

“Nossas equipes precisam da atualização constante diante dos vários agravos de saúde pública, como a Doença de Chagas, que não registra casos agudos no Estado desde 2018, mas que necessita de atenção e vigilância constantes. O risco de transmissão vetorial ainda existe em função da presença dos insetos principalmente na zona rural”, explicou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

“O objetivo é fortalecer a capacidade local de operações de identificação e monitoramento, pois temos como realizar uma avaliação da presença do vetor no estado e aprimorar a vigilância do agravo”, afirmou a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes.

Chagas – A doença de Chagas é uma infecção parasitária, causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e transmitida pelo triatomíneo, popularmente conhecido como barbeiro. É um agravo comum em locais onde o inseto é encontrado, especialmente na América do Sul e América Central. No Paraná, na série histórica dos últimos 10 anos, não houve ocorrência de casos agudos.

A transmissão humana acontece pela deposição das fezes pelo barbeiro enquanto suga o sangue da pessoa. A picada provoca coceira, facilitando a entrada do agente causador no organismo, podendo ocorrer não só pela pele, como pela mucosa dos olhos, do nariz e da boca. Outros mecanismos de transmissão são a transfusão de sangue de doador portador da doença, a transmissão vertical via placenta (mãe para filho), a ingestão de carne contaminada ou acidentalmente em laboratórios. A doença de Chagas pode ser aguda, causando inchaço e febre, ou, caso não seja tratada, evoluir para forma crônica, podendo causar alterações cardíacas e digestivas.

O tratamento para a doença de Chagas se concentra no uso de medicamentos que matam o parasita e no controle dos sintomas. Os medicamentos são disponibilizados pelo SUS.

 Ainda não há vacina contra esse agravo e sua incidência está diretamente relacionada às condições habitacionais. Cuidados com a conservação das casas e utilização de telas em portas e janelas são algumas das medidas preventivas que devem ser adotadas, principalmente em ambientes rurais. A melhor forma de prevenção é o combate ao inseto transmissor.