Estado anuncia redução do intervalo para aplicação da segunda dose e dose reforço da vacina contra a Covid-19 20/12/2021 - 19:21
O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, confirmou nesta terça-feira (20), que o Paraná vai seguir a recomendação do Ministério da Saúde divulgada na Nota Técnica nª 65/2021 da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, em reduzir o intervalo, de cinco para quatro meses, entre a segunda dose e a dose reforço das vacinas contra doença. Essa redução permitirá maior proteção contra a nova variante Ômicron e contribuirá ainda mais para a imunidade efetiva da população.
“A dose reforço está passando de 150 para 120 dias de intervalo para a população acima de 18 anos, uma decisão que assumimos a partir de hoje e que será pactuada nos próximos dias com os municípios por meio de uma reunião com os Intergestores Bipartite, por meio de uma nova deliberação”, confirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
A vacina da Pfizer/BioNTech poderá ser utilizada como dose reforço em pessoas vacinadas com os imunizantes Coronavac, AstraZeneca e Pfizer. A vacina da Janssen, administrada inicialmente como dose única, deverá ser reforçada em um período mínimo de dois meses e máximo de seis, após a aplicação, sendo utilizado o mesmo imunizante. Para as gestantes, o intervalo é de cinco meses e a orientação é que seja aplicada apenas a da Pfizer.
Às pessoas imunossuprimidas, serão disponibilizadas a quarta dose de vacina contra a Covid-19. Vale para quem tem mais de 18 anos e tenha recebido a dose de reforço há, pelo menos, quatro meses. Os imunossuprimidos são aqueles que tem a imunidade comprometida por alguma doença ou tratamento médico.
“Além dessa alteração da dose reforço, teremos a redução do tempo para a segunda dose da vacina. Seguiremos conforme a bula da vacina e, a partir de agora, todos os municípios estão autorizados a reduzir o tempo entre D1 e D2.
SEGUNDA DOSE – Em reunião extraordinária da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) do Paraná, realizada na semana passada, pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Paraná (Cosems/Pr) foi autorizada a redução do intervalo do imunizante Pfizer de 56 para 21 dias entre a primeira e segunda dose para a população acima de 12 anos.
A deliberação nº 345 considerou o atual cenário epidemiológico da pandemia da Covid-19, com aumento de casos e óbitos no mundo, e que os países têm apresentado diferentes coberturas vacinais e a confirmação da variante Ômicron (B.1.1.529).
De acordo ainda com o documento, outros motivos foram pontuados para a alteração. Um deles é que a vacina se torna menos eficaz com o tempo, por isso a necessidade em reforçar a imunização. O prazo de vencimento das vacinas da Pfizer, a cobertura vacinal das primeiras doses quase por completa no Estado, o aproveitamento das doses após o descongelamento, também foram argumentos considerados para a decisão da comissão.
A comissão solicitou o reforço de estratégias de vacinação dos municípios, como o agendamento, busca ativa, registro de dados em tempo oportuno, vacinação extramuro, a fim de garantir a adesão da população para a completude do esquema vacinal.
"Neste momento, é importante que se faça o atingimento dessas pessoas que estão com a vacinação atrasada", completou, Beto Preto.
Atualmente, a Sesa possui armazenado no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar) um total de 523.770 doses, quantitativo suficiente, neste momento, para realizar essa antecipação de pessoas que receberam a primeira dose há quatro meses. A continuidade da aplicação da dose de reforço está condicionada ao envio de doses por parte do Ministério da Saúde.
PARTICIPAÇÃO – Participaram da coletiva de imprensa a secretária municipal de Saúde de Curitiba e diretora administrativa do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Paraná (Cosems), Márcia Huçulak; o diretor-geral da Sesa, Nestor Werner Junior; diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti David Lopes e a coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Sesa, Acácia Nasr.