Um grupo de moradores da Ilha do Mel percebeu o quanto as máscaras de tecido poderiam auxiliar na proteção da transmissão do novo coronavírus, embora não tenha casos suspeitos ou confirmados, segundo o boletim epidemiológico da Sesa. Ainda no início de abril a comunidade já recebia uma máscara de pano doada por voluntários, antes mesmo do governo estadual instituir por lei o uso obrigatório do equipamento.

Eduarda Mendonça Cruz e seu pai, Joelson Cruz, conversaram sobre o tema e acionaram outras pessoas da comunidade, Kaiana Bueno, Gilberto Keserle, Jonathan Rocha de Castro, para produzir e entregar para todos os moradores da Ilha do Mel ao menos uma máscara. “A ideia surgiu quando eu e meu pai estávamos assistindo ao jornal e vimos que as comunidades que usam máscaras possuem um índice de contaminação mais baixo. Então, pesquisamos mais a fundo e iniciamos a conversa com algumas pessoas da comunidade e organizamos a ação”, comentou Eduarda.

A moradora falou também das parcerias que possibilitaram a produção de aproximadamente 1,6 mil máscaras. “Tivemos patrocinadores para os tecidos: Vinícola Araucária, Abaline, Ilha do Mel Moda Praia, a comunidade se envolveu e quem tem máquina de costura trabalhou na produção”, explicou a organizadora. Ao todo vinte voluntários atuaram na produção e na entrega das máscaras.

A Ilha do Mel pertence ao município de Paranaguá, no litoral do Paraná e que está localizada na 1ª Regional de Saúde do Estado. Até terça-feira (12), não há registro de casos confirmados de moradores da comunidade da Ilha.

 “Quando as máscaras já estavam sendo feitas, a prefeitura de Paranaguá fez um decreto obrigando o uso das máscaras. Então a ação ajudou muito a comunidade porque aqui na Ilha não tem onde comprar as máscaras e para ficar saindo da Ilha pra comprar é complicado porque afeta a segurança da comunidade em relação ao vírus”, completa Eduarda.