Paraná chega a quase um mês com taxa de transmissão em baixa 16/04/2021 - 10:15

A taxa de transmissão (Rt) do coronavírus no Paraná é a mais baixa entre todos os Estados brasileiros: 0,76. O número significa que, atualmente, 100 contaminados pelo Sars-Cov-2 contaminam, em média, 76 novas pessoas. O cenário está relacionado às medidas restritivas adotadas pelo Governo do Estado e prefeituras para conter a doença.

Os dados são do sistema Loft.Science, que calcula o Rt médio de todos os Estados e do Brasil com base em um algoritmo desenvolvido pela empresa. Segundo o sistema, a média de Rt no País está em 0,88.

O Rt indica quando o contágio pelo vírus está acelerado (maior que 1), estável (igual a 1) ou em remissão (menor que 1) – único cenário que aponta uma melhora na situação epidêmica. Quanto mais próximo de zero, menores as chances de contágio.

Segundo o sistema, o Paraná apresenta Rt inferior a 1 desde 17 de março, quando atingiu a taxa de 0,94. Desde então, se mantém neste patamar, oscilando entre 0,95 e 0,74 (verificada em 7 de abril, a taxa mais baixa no Estado desde que o sistema começou a registrar o índice, em abril de 2020). Neste período, apenas o Amazonas apresenta continuamente Rt inferior a 1, e nenhum outro Estado brasileiro mostrou Rt menor que 0,80.

Outro estudo, realizado pelo Laboratório de Estatística e GeoInformação da Universidade Federal do Paraná (LEG/UFPR), também aponta taxa de transmissão abaixo de 1 no Estado. Nesta análise, que é inserida diariamente no Boletim Epidemiológico da Secretaria da Saúde, o Paraná apresenta Rt de 0,93, e tem índice de remissão desde 11 de março. Até 14 de abril, o Rt mais alto foi de 0,96 (em 11 de março) e o mais baixo, 0,79 (18 a 21 de março).

BRASIL – A média de Rt no Brasil está em 0,88. Além do Paraná, outros 15 estados também estão com Rt abaixo de 1. Na sequência, após o Paraná, as duas taxas mais baixas são de Santa Catarina (0,82) e Rio Grande do Sul (0,83). O Estado que apresenta maior taxa de transmissão é o Piauí, com Rt 1,07.

HISTÓRICO – Desde o início da pandemia, este é o quarto período de remissão do vírus no Estado. Entre março e setembro de 2020, o Rt foi sempre superior a 1, apresentando um pico de 1,88 em 8 de abril do ano passado. Entre 10 de setembro e 10 de novembro de 2020 se deu um período de queda, no qual o Rt mais baixo registrado foi de 0,90.

Entre 11 de novembro de 24 de dezembro, o índice ficou superior a 1. Desde o Natal, a taxa tem apresentado mais instabilidade. Ela esteve inferior a 1 por um breve período do Natal a 7 de janeiro, e de 18 de janeiro a 19 de fevereiro. Em 11 de março, apresentou um novo pico, atingindo um Rt de 1,58. Em 17 de março, então, iniciou-se esse novo período de queda.

VACINAÇÃO – Segundo o Informe Epidemiológico desta quinta-feira (15), foram registrados 3.858 novos casos de Covid-19 e 266 óbitos. Os dados acumulados do monitoramento mostram que o Paraná totaliza a soma de 891.407 casos e 19.860 mortes pela doença. 

A principal estratégia do Paraná para combater o coronavírus é a vacinação. Até a tarde desta quinta, foram 1.350.397 paranaenses vacinados com pelo menos a primeira dose – o equivalente a 94,1% das doses já distribuídas e a 12,93% da população paranaense. Das doses de reforço, foram 393.757 administradas, 39,9% do distribuído.

Uma nova remessa de 368 mil doses de vacinas chega ao Estado na noite desta quinta, composta por 142.800 doses da CoronaVac/Butantan e 225.250 doses da vacina de Oxford/AstraZeneca/Fiocruz.

“Recebemos esse novo lote e pedimos aos prefeitos para aplicá-las o quanto antes. É natural que as pessoas critiquem a falta de doses, mas o mais importante é que a vacina precisa estar no braço dos paranaenses: tanto a primeira como a segunda dose”, disse o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

Os imunizantes da Astrazeneca são destinados à primeira dose de pessoas entre 60 e 69 anos. Já os fabricados pelo Instituto Butantan se subdividem entre primeiras doses para trabalhadores de saúde, trabalhadores de segurança pública/Forças Armadas e pessoas entre 60 a 64 anos, e segundas doses para idosos de 65 a 69 anos e trabalhadores de saúde.