Saúde reforça a importância da vacinação contra a Influenza 02/06/2021 - 14:11

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) reforça a importância da vacinação contra a Influenza, mesmo durante a pandemia. A 23ª Campanha Nacional de Imunização contra a doença começou no dia 12 de abril e até esta quarta-feira (2) apenas 31,9% da população alvo do Paraná foi vacinada. A estimativa do Ministério da Saúde é de que mais de 4,4 milhões de paranaenses devem tomar a vacina.

Segundo o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, essa ação é tão importante quanto à vacinação contra a Covid-19. “Sabemos da ansiedade mundial pela vacinação contra o coronavírus, mas não podemos deixar de lembrar que a gripe também pode levar a casos graves e até mesmo à morte”, disse.

A vacinação contra a Influenza é dose única e aumenta a imunidade contra as Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAGs), incluindo a Covid-19. “Além de auxiliar no diagnóstico das doenças, se a pessoa já estiver imunizada contra a Influenza, existem grandes chances de a imunidade gerada por essa vacina evitar complicações pela infecção da Covid-19, dando maior proteção a população até que todos possam ser vacinados contra os dois vírus”, explicou Beto Preto.

DADOS – Até agora mais de 1,4 milhões de vacinas contra a Influenza haviam sido aplicadas no Paraná. Esse quantitativo representa apenas 48,1% do total de 2.968.400 doses enviadas ao Estado pelo Ministério da Saúde até às 14h desta quarta-feira (2), e 31,9% do total da população alvo. A meta preconizada pelo Governo Federal é de que 90% do grupo prioritário receba a vacina.

Na campanha do ano passado, o Paraná registrou 92% de cobertura vacinal contra a doença. Ao todo mais de 2,6 milhões de paranaenses foram imunizados.

“O Paraná sempre foi referência em vacinação, principalmente contra a gripe. No último ano, mesmo com a circulação da Covid-19 em todo o país, ultrapassamos a meta estabelecida. Agora não podemos deixar que doenças que já possuem vacinas há anos, sejam esquecidas ou deixadas para depois”, afirmou o secretário.

APOIO – A Sesa conta com o apoio dos 399 municípios para divulgação da vacinação e realização de ações regionalizadas voltadas para a imunização extramuro (quando o profissional de saúde se desloca até uma empresa, hospital, escola, etc, e realiza a vacinação em pessoas que muitas vezes não podem se deslocar até um posto de vacinação).

GRUPOS PRIORITÁRIOS – Neste ano o primeiro grupo iniciado no dia 12 de abril e finalizado em 10 de maio, incluía gestantes, puérperas, crianças de seis meses a menores de seis anos, indígenas e trabalhadores da saúde. A segunda etapa de 11 de maio a 8 de junho abrange os idosos de 60 anos ou mais e professores da rede pública e privada.

Já o terceiro e último grupo da campanha inclui doentes crônicos, pessoas com deficiência permanente, caminhoneiros, motoristas e cobradores de transporte coletivo, trabalhadores portuários, forças de segurança e salvamento, forças armadas, funcionários do sistema de privação de liberdade, população privada de liberdade e adolescentes e jovens em medidas socioeducativas. Esta etapa deve iniciar no dia 9 de junho e finalizar no dia 9 de julho.

As pessoas que fazem parte dos grupos já atendidos e ainda não foram vacinadas devem procurar um posto de saúde mais próximo de sua residência para receberem o imunizante.

ORIENTAÇÕES – Considerando que alguns grupos prioritários da vacinação contra a Influenza são iguais aos da vacina contra a Covid-19, o Ministério da Saúde orienta que tenha um intervalo de pelo menos 14 dias entre as doses.

“Nos casos em que a pessoa tomou a primeira dose da vacina contra a Covid-19, e aguarda para tomar a segunda dose, após os 14 dias da primeira dose, ela pode tomar a vacina da Influenza. Não é preciso completar o esquema vacinal da Covid-19 para tomar a vacina da gripe, apenas aguardar o prazo de 14 dias”, explicou a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes.

COBERTURAS – Dentre os grupos atendidos até agora (indígenas, crianças, puérperas, gestantes, trabalhadores da saúde, idosos e professores), a cobertura vacinal do Paraná está abaixo de 90% em todos eles.

A diretora também alerta que nesta altura da campanha, o Estado já deveria estar com mais de 80% da cobertura total. “Estamos há menos de uma semana para finalizarmos a segunda etapa da campanha, isso significa que todos os grupos da primeira fase já deveriam ter mais de 90% de cobertura e idosos e professores elencados na segunda etapa chegando aos 90%. Se considerarmos o número total da população alvo, o Paraná já deveria ter mais de 80% de cobertura”, disse.

Confira as porcentagens:

Povos Indígenas: 83,9%

Crianças: 58%

Puérperas: 54,4%

Gestantes: 51%

Trabalhadores da saúde: 43,3%

Idosos: 38%

Professores: 31,6%. *

* Dados consultados às 14h do dia 02/06/2021 no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações – SIPNI.